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Cobertura de Hard News no rádio e na TV: um bate-papo com Agatha Meirelles

Por Lucas Loyo


A jornalista Agatha Meirelles foi a entrevistada da segunda edição do ECOconversa, na quarta temporada do projeto. As alunas Ana Beatriz Diniz e Júlia Araújo, estudantes de Jornalismo da UFRJ, conduziram a entrevista. Agatha tem 27 anos, mora no Rio de Janeiro, se formou em 2016 pela PUC-Rio em Jornalismo e estudou também nesse mesmo ano em New York. Além disso, tem pós-graduação em Hard News na New York Film Academy. Iniciou a carreira na BandNews FM em 2015, onde permanece até hoje atuando como produtora e âncora da BandNews FM Rio primeira edição. Em sua participação na live do ECOnversa no instagram, Agatha falou sobre a rotina de um jornalista que trabalha com hard news, comentou suas experiências no início da faculdade, os desafios do cotidiano do jornalismo e também orientou bastante os alunos e telespectadores.





Ela contou que descobriu a paixão pelo curso a partir do momento que começou a estagiar, logo no início da faculdade. Agatha teve sua primeira experiência como repórter no portal PUC-Rio Digital e em seguida trabalhou na Rádio PUC. Em seguida foi indicada para um estágio na Rádio Band News FM, e a partir daí passou a se identificar muito com o radiojornalismo. Agatha falou também sobre o intercâmbio para estudar em Nova York, para uma pós-em hard news, como o jornalista chama as notícias mais quentes:“São notícias factuais, as mais quentes naquele momento, como por exemplo a prisão de um grande político, o tiroteio que pode estar acontecendo em uma comunidade ou o que mais impacta naquele momento na vida das pessoas...”.


Agatha falou sobre a experiência de cobrir a Copa do Mundo no Fifa Fan Fest, acompanhando as torcidas, sobre a inserção no mercado de trabalho e de que modo essas experiências a ajudaram a obter o emprego na Band.


Em 2015, Agatha entrou na emissora Band pela rádio, onde fez a sua primeira cobertura a respeito dos debates políticos das eleições de 2016. Ela comentou a importância também das redes sociais no jornalismo contemporâneo e complementou dizendo que muita informação que é passada pela rádio chega através do WhatsApp da emissora.


Em 2017, na sua primeira vez nas telas da Band, noticiou que 4.322 pessoas foram baleadas no Rio de Janeiro. Ela comentou que a matéria foi gravada para rádio, mas como gostaram muito do conteúdo pediram para ela gravar um vídeo. Analisou também a cobertura de tragédias e falou de como é difícil noticiar todos os dias esses tipos de acontecimentos da cidade. Em sua avaliação, o grande segredo do jornalismo é sempre levar o lado humano em relação à profissão.


Para a jornalista, o hard news é como se fosse “um serviço”, pois a população ouvinte da rádio quer saber como está o trânsito em um determinado lugar, ou se no lugar por onde aquele ouvinte vai passar não está acontecendo alguma operação da polícia, por exemplo. Em uma das suas reportagens mais marcantes, Agatha cobriu a tragédia do Ninho do Urubu.


A jornalista contou como isso a comoveu em relação ao seu irmão que jogou também no CT do Flamengo: “Foi muito difícil, meu irmão jogou lá quando era mais novo, mais ou menos com a idade dos meninos que morreram. Isso me tocou muito, pois a primeira coisa que pensei, quando vi que os garotos morreram na tragédia foi que poderia ter sido meu irmão, essa tragédia me chocou muito.”


Agatha comentou a respeito de como os jornalistas precisam entender o momento certo de fazer uma pergunta e que é necessário ter empatia com as famílias que perderam seus filhos.


Em sua rotina de trabalho como produtora e âncora da Rádio Band News FM, Agatha chega no trabalho às 6:30 da manhã para o jornal que entra ao vivo às 9:30. Comentou o quanto precisa ser responsável e antenada com as notícias por ser âncora do noticiário. E detalhou a divisão de tarefas que ocorrem nos bastidores.


A jornalista disse que toda experiência profissional é válida e sugeriu aos estudantes agarrar as oportunidades de aprendizado. Se pintar um trabalho voluntário, é importante sempre se dispor para aprender e ajudar. E finalizou dizendo que é importante testar os campos de trabalho para que a gente possa se identificar com o lugar onde a gente mais se encaixa.


Se interessou? Assista à entrevista completa: https://www.instagram.com/p/CY-HHiXIg0T/


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