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Jornalismo contra a pseudociência

Anna Barbara


Em tempos de pandemia, o jornalismo ganhou ainda mais relevância para transmitir informações corretas e combater a desinformação. Muitas reportagens têm alertado para para falsas práticas científicas e negacionismo, que acabam disseminando informações erradas. Essa reportagem do G1, por exemplo, falou das pseudociências, são teorias e práticas que se dizem científicas mas que, na verdade, não seguem método científico algum. Dentre elas, podemos citar as mais famosas: astrologia, terapias “quânticas”, constelação familiar, ufologia, e a lista segue. Além de não seguirem um método científico, essas falsas ciências não aceitam refutações, diferentemente da ciência que o tempo todo é questionada (ufa!). A reportagem mostra que a pseudociência se propaga como uma epidemia, de maneira descontrolada, como analisam cientistas da Unicamp.

Mas, apesar de danosas, as falsas ciências ainda ganham espaço na mídia. Muitas vezes não são vistas como um problema, mas como uma escolha pessoal de cada um. Alguns acreditam que as pseudociências não são danosas, afinal, se alguém decide tomar um floral de Bach para controlar sua ansiedade e, de fato, se sente menos ansioso, qual o problema? Realmente, nem toda pseudociência mata. Todavia, em uma sociedade que adora a desinformação é perigoso abrir caminho para discursos assim.

Com a pandemia, assistimos à proliferação da fake news, “tratamentos alternativos” e teorias da conspiração. É fácil de entender porque isso ocorre: faz bem para o psicológico pessoal acreditar em uma cura rápida e mágica ou, então, nem mesmo acreditar no problema em si. Para uma pessoa desesperada vale tudo. Houve até o surgimento de um “tratamento precoce” para a COVID-19, que consiste em fornecer ao paciente remédios comprovadamente ineficazes contra a doença. A cloroquina foi difundida como cura por um médico francês, Didier Raoult, sem a comprovação científica necessária. Dessa forma, o combo pseudociência, desespero e um presidente apoiador de kits medicamentosos sem eficiência, foi certamente um fator responsável pelo alto número de mortes no país.

Diante disso, a divulgação científica se torna cada vez mais necessária a fim de tornar a ciência mais acessível a todos. E o papel do jornalismo nisso tudo é justamente esse: alcançar um público maior levando informação de qualidade.


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